“Não há nenhuma aliança com Ronaldo Caiado nesse conjunto do
PSB e da Rede”, disse Campos ao âncora Milton Jung na CBN. A declaração do
governador pernambucano reforça a opinião de Marina publicada em vários jornais
de que Caiado não é benvindo na aliança. “Essa decisão é do PSB e do Eduardo.
Se prosperar a contribuição da Rede, é obvio que o (deputado Ronaldo) Caiado
(DEM-GO) não se sentirá confortável nesse quadro, e imagino que ele já esteja
se preparando para ir para a candidatura do Aécio. Porque, obviamente, na
cultura da Rede não há lugar para um inimigo histórico dos trabalhadores
rurais, das comunidades indígenas e para quem articulou a derrota do Código
Florestal”, disse Marina a O Globo.
Campos ponderou que há um quadro particular em Goiás de união
de um grupo de partidos em oposição à polarização do PMDB do ex-ministro Iris
Rezende e do PSDB do atual governador Marconi Perillo, chamado regionalmente de
terceira via, ao qual estão integrados DEM e PSB. Com a entrada da Rede, porém,
Eduardo sugere que a aliança será rediscutida: “Existe um quadro lá no Goiás
(sic) de um conjunto de partidos na oposição ao PMDB e ao PSDB que vinham
conversando, que vinham discutindo, e que, claro, com um fator como esse que
ocorreu da aliança PSB-Rede, (se) isso vai mudar o curso do debate na política
nacional, avalie nos Estados?”
A declaração de Campos deve alterar os rumos da composição
da terceira via em Goiás, onde se apresentam como possíveis governadoriáveis o
próprio Caiado e o empresário Vanderlan Cardoso, recém-chegado ao ninho
socialista pelas mãos do próprio governador pernambucano. DEM e PSB formavam a
base da aliança, que, embora acrescida da Rede Sustentabilidade, agora vê-se
ameaçada em um de seus pilares.
Caiado ainda não se manifestou sobre as declarações
de Marina e de Campos.